Na música, o compasso é a forma de organizar o tempo. Ele agrupa os tempos em unidades regulares, facilitando a leitura, a escrita e a execução rítmica. Os compassos são indicados por uma fórmula de compasso (como 4/4, 3/4, 6/8) no início da partitura, e cada grupo é separado por uma barra de compasso.
A fórmula de compasso tem dois números:
- O número de cima indica quantos tempos há em cada compasso.
- O número de baixo mostra qual figura rítmica vale um tempo (ex: 4 = semínima, 8 = colcheia).
Os compassos podem ser classificados em três tipos principais: simples, compostos e irregulares.
Nos compassos simples, cada tempo pode ser dividido em duas partes iguais. São compassos de estrutura regular, fáceis de sentir e contar. Exemplos comuns incluem o 2/4, que possui 2 tempos de semínima por compasso; o 3/4, com 3 tempos; e o 4/4, com 4 tempos, sendo este último um dos mais utilizados na música ocidental.
Já os compassos compostos têm cada tempo dividido em três partes iguais. A fórmula de compasso desses casos apresenta, geralmente, o número superior como múltiplo de 3 (exceto o 3/4, que é simples). Exemplos típicos são o 6/8, que representa 2 tempos de colcheia pontuada; o 9/8, com 3 tempos; e o 12/8, com 4 tempos.
Por fim, os compassos irregulares (ou complexos) combinam tempos binários e ternários, resultando em uma divisão rítmica assimétrica. Esses compassos são bastante utilizados em músicas folclóricas, contemporâneas e experimentais. Alguns exemplos são o 5/8, que pode ser dividido em 2+3 ou 3+2; o 7/8, com variações como 2+2+3; e o 11/8, que pode ser organizado como 3+3+3+2, entre outras possibilidades.
